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Estudo relaciona lavagem das mãos com prevalência de dermatite

Um grupo de investigadores do Institute of Population Health, no Reino Unido, estudou relatórios submetidos por dermatologistas, entre 1996 e 2012, a uma base de dados nacional gerida pela universidade, criada para reportar problemas dermatológicos causados ou agravados pelo trabalho.
Os investigadores averiguaram que, de entre os 7138 casos de dermatite de contacto irritativa reportados, 1796 tinham lugar entre trabalhadores do setor da saúde. Ao analisar os números por ano, os investigadores perceberam que estes trabalhadores tinham 4,5 vezes mais probabilidade de sofrer deste tipo de dermatite em 2012 do que em 1996. Nos dois grupos de controlo, o número de casos diminuiu ou não sofreu alterações.
A prevenção das infeções associadas aos cuidados de saúde transformou-se numa prioridade para os serviços de saúde a partir de 1999 naquele país, e sucessivas campanhas enfatizaram a necessidade de lavar as mãos com sabonete e desinfetá-las com álcool. Estas campanhas foram um sucesso, tendo resultado numa descida da taxa de infeção e no aumento do uso de produtos de limpeza.
Jill Stocks, que liderou a investigação, congratula-se com o sucesso na redução das infeções, mas alerta para a necessidade de fazer todos os possíveis para prevenir os casos de irritação da pele.
As implicações do aumento do número de casos de dermatite de contacto irritativa são potencialmente contraproducentes para os objetivos de redução da taxa de infeção. Outros estudos já demonstraram que as infeções podem prevalecer por mais tempo na pele danificada e, por outro lado, a irritação da pele pode dissuadir as pessoas de lavar as mãos.
Jill Stocks salienta que não é objetivo dos investigadores que as pessoas deixem de lavar as mãos, pelo que é necessário empreender esforços para encontrar produtos menos irritantes e implementar práticas para prevenir e tratar a dermatite.
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