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Cultura de segurança do doente ainda não é amplamente assumida como uma prioridade

Esta é uma das principais conclusões de um relatório da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar (APDH) e da Direção-Geral da Saúde. A taxa de adesão global ao questionário foi de 18,3 por cento – 17928 questionários preenchidos. A adesão dos hospitais privados foi pouco expressiva.
O relatório também permitiu concluir que a cultura de notificação e aprendizagem dos hospitais é fraca.
Foram avaliadas 12 dimensões da cultura de segurança do doente: Trabalho em equipa, expectativas do supervisor/gestor e ações que promovam a segurança do doente, apoio à segurança do doente pela gestão, aprendizagem organizacional – melhoria contínua, perceções gerais sobre a segurança do doente, feedback e comunicação acerca do erro, abertura na comunicação, frequência da notificação de eventos, trabalho entre unidades, dotação de profissionais, transições e resposta ao erro não punitiva. Esta última dimensão foi identificada como aquela onde as ações de melhoria são prioritárias.
Os autores do relatório salientam que apenas 17 dos 55 hospitais participantes obtiveram taxas de adesão que permitem apresentar recomendações robustas. A ARS do Algarve foi a região de saúde com uma adesão mais baixa em relação à média nacional, tendo a ARS de Lisboa e Vale do Tejo sido a região onde a adesão foi mais expressiva.
Os autores acrescentam ainda que a variação de resultados registada nas diferentes dimensões analisadas constitui uma oportunidade de aprendizagem entre hospitais, sendo que esta aprendizagem deve ser considerada um ponto de partida para futuras intervenções ao nível interno.
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