Os hospitais portugueses iniciaram este mês a avaliação ao estado nutricional dos doentes. A identificação do risco nutricional vai avançar com duas experiências-piloto, na Unidade Local de Saúde do Alto Minho e no Centro Hospitalar de Lisboa Central, sendo expectável o alargamento a todos os hospitais a partir do segundo semestre deste ano.
Em comunicado, o Ministério da Saúde refere ainda que esta medida, que tem potencial para envolver cerca de 800 mil doentes por ano, é um passo essencial na implementação de uma estratégia de combate à desnutrição hospitalar, promovendo a recuperação dos doentes e o aumento da qualidade de vida, tal como o despacho 6634/2018 determina.
A prevalência da desnutrição em doentes internados estima-se entre 20% e 50%, sendo por isso necessário identificar o estado nutricional dos doentes e promover o suporte nutricional adequado à sua recuperação.
A implementação de uma identificação precoce do risco nutricional irá trazer ganhos em termos de qualidade de vida e na recuperação do estado de saúde, podendo ainda contribuir para reduzir úlceras de pressão e reduzir custos, uma vez que a desnutrição está associada a internamentos longos, afetando sobretudo cidadãos mais idosos.
Este desenvolvimento foi analisado numa reunião que decorreu a 28 de março no Ministério da Saúde, liderada pela Secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, e em que estiveram presentes representantes da Ordem dos Nutricionistas, entre eles a Bastonária Alexandra Bento, da Direção-Geral da Saúde, através da Diretora do Programa Nacional para Alimentação Saudável, Maria João Gregório, e dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.