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Inquérito de prevalência de infeção nas unidades de cuidados continuados em 2013 mostra predomínio de infeções das vias urinárias

Os dados recolhidos pelo relatório do Programa de Prevenção e Controlod e Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) não são diretamente comparáveis com os de 2012, dado que foram introduzidas alterações nas definições de infeção urinárias sendo introduzida a possibilidade de classificação de infeção urinária “provável”
Se estas infeções urinárias prováveis forem retiradas do cálculo, a prevalência de infeções passaria para 8,1%, semelhante à observada em 2012 pelos critérios de McGeer.
Observou-se um predomínio de infeções das vias urinárias, sendo 17,5% infeções confirmadas e 20% infeções prováveis. Seguiram-se as infeções da pele e tecidos moles (26,2%) e as infeções respiratórias (21,2%).
Do mesmo modo que no cálculo da prevalência, se forem retiradas as infeções urinárias prováveis, as infeções da pele e tecidos moles passam a ser as infeções mais frequentes, tal como em 2012, com uma frequência de 29,8%, seguindo-se as infeções do trato urinário com 21,8% e as infeções das vias respiratórias com 21,4%.
Há ainda que ter em conta que o número de unidades participantes e o número de residentes estudados foi substancialmente menor em relação a 2012: 232 unidades de cuidados continuados e 5150 residentes em 2012 face a 143 unidades e 3043 residentes em 2013.
Todas as tipologias foram convidadas a participar no estudo. Tendo em conta que a classificação das UCC varia muito de país para país, para efeito de inclusão no relatório europeu foram apenas incluídas as UCC classificadas como mistas o que, no caso de Portugal, corresponde às UCC de longa duração. Na análise a nível nacional, foram incluídas todas as tipologias pelo que não é possível fazer uma comparação com os resultados apresentados a nível europeu.
A população estudada pode ser caracterizada como idosa, com limitações físicas e cognitivas importantes. Tal como no estudo nacional realizado em 2012, um número apreciável (cerca de 30%) dos residentes tinham feridas, sendo metade destas úlceras de pressão. Estes fatores estão presentes em número particularmente elevado nas unidades de longa duração, sendo indicadores importantes de carga de trabalho.
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