Um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism estima que a exposição a químicos disruptores endócrinos custa 157 biliões de euros à União Europeia, o que representa um ano de despesas de saúde.
Os peritos concluíram que a infertilidade e as disfunções reprodutivas masculinas, problemas adquiridos durante a gestação, obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, problemas neurológicos e de aprendizagem, estão entre os que podem ser atribuídos, parcialmente, aos disruptores endócrinos.
A estimativa apresentada é conservadora, e representa 1,23 por cento do PIB da Europa. Os custos podem chegar aos 270 biliões, ou 2 por cento do PIB.
Os disruptores endócrinos são substâncias que interferem ou bloqueiam as hormonas. Incluem-se nesta categoria o bisfenol A, que se encontra em recibos de caixas registadoras, recipientes de embalagens para alimentos, alguns ftalatos encontrados em produtos de plástico e cosméticos, retardadores de fogo e pesticidas. Quase todas as pessoas têm quantidades detetáveis de disruptores endócrinos no seu corpo.
A análise dos investigadores incluiu custos diretos da estadia nos hospitais, serviços médicos, cuidados ao domicílio e outros custos médicos. Os investigadores também tiveram em conta custos indiretos como perda de produtividade no trabalho, morte precoce e deficiências. Na UE, os investigadores concluíram que o custo mais significativo estava relacionado com a perda de QI e deficiências de foro intelectual causadas pela exposição pré-natal a pesticidas contendo organofosfatos. O estudo estima que o dano causado aos fetos custe entre 46,8 biliões de euros e 195 biliões por ano. A obesidade nos adultos causada pela exposição aos ftalatos tem um custo estimado de 15,6 biliões de euros por ano.
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