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Hábitos alimentares inadequados dos portugueses são primeiro fator de risco de perda de anos de vida

A Direção-Geral da Saúde divulgou o relatório “Portugal – Alimentação Saudável em Números 2015”.
Apesar de os autores do relatório constatarem a estabilização do crescimento da obesidade e do aumento do peso corporal, medido através do Índice de Massa Corporal, registado pelas crianças portuguesas nos últimos quatro anos, frisam que a proporção de crianças com excesso de peso em Portugal está acima da média europeia. A relação deste dado com as desigualdades sociais está no topo das preocupações expressas no documento.
A necessidade de mudança de hábitos alimentares é evidenciada pelo número crescente de crianças e adolescentes que afirmam nunca ingerir frutas e hortícolas, aliado à reduzida disponibilidade de leite e derivados e a manutenção do baixo consumo de leguminosas. O elevado conteúdo de gorduras trans presente nos alimentos comercializados no mercado português e o consumo excessivo de sal por crianças e adolescentes são também conclusões enfatizadas na análise agora apresentada.
Os hábitos alimentares inadequados dos portugueses constituem o primeiro fator de risco de perda de anos de vida. Estudos internacionais apontam a má alimentação como responsável por 11,96% do total de anos de vida prematuramente perdidos pelas mulheres portuguesas, percentagem que sobe para 15,27% no sexo masculino.
As carências alimentares são também alvo de preocupação, já que uma em cada 14 famílias portuguesas avaliadas no âmbito deste relatório pode não consumir alimentos suficientes devido à falta de dinheiro.
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