A contratação pública foi um dos temas em destaque nas V Jornadas da Associação Portuguesa de Hotelaria Hospitalar.
Anabela Almeida, da Universidade da Beira Interior, alertou que as compras centralizadas não devem ser feitas só de acordo com o critério do preço mas tendo em conta critérios de qualidade, lembrando que a concorrência tem de existir e o processo tem de ser transparente.
Para Anabela Almeida, não existe apenas uma solução – as compras centralizadas podem ser o mecanismo mais adequado em determinadas unidades de saúde, enquanto que para outras essa pode não ser a solução mais adequada.
Também o tema da vigilância e segurança foi abordado, neste caso por André Sardinha, diretor do Serviço de Operações Hoteleiras do Hospital de São João. O responsável considera haver, hoje, menos dificuldade na gestão operacional da contratação da vigilância, embora reconheça que a qualidade do serviço possa estar abaixo do adequado, por exemplo por falta de adequação do perfil do vigilante ao cargo. Para isto contribuem o que André Sardinha designa por “empresas predadoras de mercado”, que praticam preços abaixo do expectável e, consequentemente, não cumprem as premissas do caderno de encargos. Para fazer face à inadequação do perfil de quem vem a ocupar este cargo, André Sardinha propõe a criação de uma carteira de vigilante específica para a área da saúde.
A limpeza e a desinfeção foram temas abordados por Amália Espada, Presidente da Associação Nacional de Esterilização, que analisou a regulamentação do reprocessamento de dispositivos médicos de uso único, e por Tiago Rocha, da ISS, que lembrou que a limpeza impacta em diversas áreas do hospital – por exemplo, na redução da infeção hospitalar.
