A Entidade Reguladora da Saúde divulgou, no início de março, um relatório de monitorização do acesso à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).
O estudo analisa a evolução de alguns parâmetros desde 2015, como o número de utentes a aguardar vaga, o número de respostas contratadas, a mediana do tempo de referenciação até identificação de vaga, dotação de recursos humanos, meta de camas e cobertura.
A análise dos dados permite verificar que é nas Unidades de Longa Duração e Manutenção que há mais utentes em espera, sendo que 44 por cento dos doentes em espera se concentram na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Ao nível das respostas, entre 2015 e 2018 o número de camas contratadas nas unidades de internamento aumentou, mas o número de lugares domiciliários nas Equipas de Cuidados Continuados Integrados diminuiu.
Para efeitos de comparação da mediana do tempo de referenciação até à identificação da vaga, a comparação foi feita de 2016 a 2018. Também neste parâmetro, são as Unidades de Longa Duração e Manutenção que apresentam tempos de espera mais prolongados. No entanto, foi também neste tipo de unidade que se registou uma evolução mais positiva entre 2016 e 2018. Ainda assim, na Região de Lisboa e Vale do Tejo a mediana foi de 58 dias em 2018 (70 em 2016).
Quanto à distribuição de recursos humanos, a avaliação foi feita entre 2015 e 2017, tendo-se registado um aumento generalizado de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais. Apenas a região do Alentejo viu diminuir o número de profissionais das três categorias, e o Algarve viu diminuir o número de médicos. Todas as outras regiões melhoraram os seus indicadores para todas as categorias profissionais.
Já o número de camas por mil habitantes, na maior parte das regiões, é inferior às metas estabelecidas para a satisfação das necessidades da população.
O regulador assegura que vai continuar a monitorizar o funcionamento da RNCCI.